quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

"Em suma, uma empresa privada é criada para gerar lucro aos seus proprietários, o que é possível se há pessoas em desespero ou risco de vida. Quanto maior o índice de desespero, maior a oportunidade para o lucro".

Leia o texto na íntegra no Saiu por Aí.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

TOLERÂNCIA ZERO EM RELAÇÃO AO OPORTUNISMO DA CLASSE DOMINANTE BRASILEIRA

A discussão que hoje toma conta da sociedade brasileira, comandada pelos “dignos representantes da classe dominante deste país” – leia-se o setor da mídia conservadora – é a redução da maioridade penal. Sempre que acontece um crime violento em que se tenha um adolescente envolvido os porta-vozes da dita sociedade dos “homens de bem” vêm a público clamar por esta redução.
Quanta hipocrisia!
Mas o que está por trás deste clamor?
Naturalmente, a necessidade quase visceral de se culpabilizar a pobreza, isentando-se de responsabilidade na consolidação da garantia de direitos para todos.
Em casos envolvendo também maiores de idade, ninguém questiona a participação dos adultos, mas, sim, somente dos adolescentes. Por trás desse clamor, se desvenda, então, o real interesse da elite brasileira.
“Vamos trancafiá-los com 16, quiçá com 14 anos, ou, quem sabe, vamos julgá-los como adultos com 9 anos, ou, então, não vamos deixá-los nascer, esterilizando todas as mulheres pobres deste país. Estas irresponsáveis que dão a luz sem parar a estes futuros bandidos”.
Cada vez mais se explicita na sociedade brasileira a luta de classes. Nunca ficou tão escancarado o preconceito, a pequenez, a mediocridade, a alienação e a prepotência da elite brasileira.
Longe de mim se validar a irresponsabilidade individual da violência.
Aprendi como Assistente Social que num comportamento violento existem vários níveis de responsabilidade.
A social, quando a desigualdade sustenta os privilégios e a concentração de renda. A familiar, quando as relações afetivas se sustentam através da violência doméstica e de abandono sem e com ruptura de presença. E a individual, quando a subjetividade do sujeito sucumbe à banalização da violência.
Mas também aprendi que, em uma sociedade como a nossa, na qual o capitalismo mais selvagem dita as regras, a responsabilidade desta casta seleta tem maior peso.
Sendo assim, enquanto não se cumprir o mínimo, isto é, educação com qualidade e respeito, teremos crianças e adolescentes na rua, sendo transformados pela violência a que são cotidianamente expostos.
Não à redução da menoridade penal!
Sim à garantia de direitos que a Lei 8069/90 preconiza no Estatuto da Criança e do Adolescente!
No entanto, quero mais.
Quero punição exemplar para quem usa levianamente diferentes espaços para pregar a violação de direitos, com o intuito de aliviar sua própria consciência ao se omitir da responsabilidade na manutenção desta sociedade excludente e perversa.
Quero uma discussão responsável em relação à violência individual, familiar, institucional, social, econômica e política.
Quero respeito às diferenças.
Quero o fim do des-serviço que os órgãos de comunicação prestam, consolidando relações em que levar vantagem reduz a zero a urbanidade entre os sujeitos.
Quero que todos tenham acesso ao conhecimento.
Quero ficar surda para a eloqüência dos oportunistas.
Quero justiça para punir os atos que violam direitos, porque sei que por trás de um comportamento violento sempre existirá a esperança da superação – se acreditarmos que o ato é condenável, mas o homem é resgatável.
Maria da Graça Maurer Gomes Türck

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

RS: Governo Tucano Encena a Segurança Pública

"É onde a polícia deveria estar que ela sumiu. O Instituto de Educação em Porto Alegre, que ameaça não começar as aulas em março, porque toda a fiação foi subtraída, depois que o 'brigadiano' residente foi enviado para o front, conferir RG e Carteira de Habilitação".

Leia o texto na íntegra em Artigos Diversos.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Filmografia Social

Na dica da semana, o documentário Notícias de uma Outra cidade, de Wagner Machado, sobre o jornal Boca de Rua.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

SERVIÇO SOCIAL E OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS OU INSTITUCIONAIS

Não existe um dia na vida de um assistente social que ele, ao se defrontar com espaços sócio-ocupacionais ou institucionais diferenciados, não se pergunte: E agora?

Por trás deste questionamento está posta a eterna insegurança que nós manifestamos constantemente em relação à articulação teórico-prática.
Em sua essência esta questão nos confronta com a consolidação de nossa identidade ao nos depararmos com o objeto dado aos assistentes sociais pela própria instituição. Eis aí, o grande desafio. Como trabalharmos com o objeto institucional sem que o mesmo se torne o nosso próprio objeto e a nossa identidade profissional se torne a do próprio espaço sócio-ocupacional ou institucional? Será que sempre necessitamos reinventar nosso processo de trabalho? Será que ele deve ser sempre diferente a partir de cada demanda institucional?

Podemos então refletir um pouco a partir desta constante angústia profissional que nos acompanha cada vez que nos defrontamos com espaços sócio-ocupacionais ou institucionais, que trabalham com demandas/objetos institucionais diversificados.
A Questão Social como objeto do Serviço Social leva, a nós, assistentes sociais, a nos inserirmos, nos mais diferentes espaços de trabalho, porque ao assumirmos como nosso Projeto Ético-Político a “defesa intransigente dos direitos humanos e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária” abrimos um amplo e imenso universo de trabalho posto em um só espaço, o da resistência. Logo, a orientação social dada pelo Projeto Ético-Político define onde devemos chegar e qual o objetivo profissional que devemos atingir. Sempre será a garantia de direitos, porque vamos trabalhar com usuários que trazem em suas vidas as mais diferentes expressões da Questão Social.

É necessário, portanto, articular os fundamentos teórico-metodológicos, éticos-políticos e técnico-operativos e consolidar a identidade profissional nestes espaços, a partir da finalidade, objeto e objetivos do Serviço Social. Ao re-elaborarmos o objeto, o movimento seguinte é continuarmos nos apropriando e aprofundando o conhecimento da demanda institucional para então instituir e consolidar o nosso processo de trabalho. Este, sempre terá o mesmo eixo. O que será diferente? Será um espaço do outro, com demandas institucionais diversificadas que estarão indicando como a Questão Social se configura naquela instituição ou naquele espaço sócio-ocupacional.

Não podemos a cada desafio, inventar a roda. É necessário, isto sim, aprofundar o conhecimento através de estudo permanente para que a realidade que emerge da Questão Social não nos aprisione por um conhecimento cristalizado e desconectado com os desafios que esta mesma realidade nos brinda a cada dia.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Artigos Diversos

Depois de alguns meses de recesso, estamos reativando a seção Artigos Diversos com um excelente texto de Hélio Sassen Paz sobre internet e sociedade:

"Quem vai mudar o Brasil daqui a 10, 15, 20 ou 30 anos não são os sempre egoístas e reis do caixa dois da classe A, nem seus pelegos daclasse B: são os homens e mulheres maduros da classe C, seus filhos e netos que, até lá, já farão parte de uma classe B mais madura e mais humana".

Vá até os Artigos Diversos pelo menu ao lado.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Filmografia Social

Alguém para Dividir os Sonhos, dirigido por Tim Hunter é a dica de filme da semana. Confira!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Saiu por Aí

Assista ao documentário A Revolução Não Será Televiosionada, de Kim Bartley e Donnacha O’Briain.

Acesso pelo menu ao lado.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Bibliografia Social

Acesse Bibliografia Social pelo link no menu ao lado e confira a dica de leitura: Hannah Arendt & Karl Marx - O Mundo do Trabalho.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Filmografia Social


Dave Spritz é o homem do tempo do telejornal de Chicago e está sendo sondado para trabalhar em rede nacional. A proximidade de um distanciamento completo de sua família o levam a repensar a vida e (re)agir. Dave sente e se esforça para resolver suas questões pessoais da sua maneira, às vezes isso quer dizer dificultá-las ainda mais.



É mais um filme que você encontra no Centro de Entretenimento E o Vídeo Levou.

Acesse pelo menu
e veja a resenha do filme!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Saiu por Aí

Da série powerpoints, na seção SAIU POR AÍ uma apresentação sobre infâncias roubadas. Muito bonito mesmo.

Acesse pelo menu ao lado e confira!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Bibliografia Social

- Universo Feminino

HISTÓRIA DAS MULHERES NO BRASIL

A história das mulheres não é só delas, é também aquela da família, da criança, do trabalho, da mídia, da literatura e das suas imagens frente à sociedade. É a história do seu corpo, da sua sexualidade, da violência que sofreram e que praticaram, da sua loucura, dos seus amores e dos seus sentimentos.

Acesse BIBLIOGRAFIA SOCIAL pelo menu ao lado e conheça mais esta indicação de leitura!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

O SIGNIFICADO DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA QUESTÃO SOCIAL PARA OS ASSISTENTES SOCIAIS

Questão traz na sua essência o nó górdio para ser desatado e social, a realidade concreta para ser decifrada.

No entanto, a apropriação da Questão Social busca na perspectiva teórica marxista o seu conhecimento e sua apropriação por uma vertente teórica que vai dar condições de compreender a sociedade capitalista latino-americana. É poder ler além do aparente e ir fundo na compreensão do que está posto, por exemplo, na manchete de capa que o Correio do Povo/RS (05.02.2007) trouxe à respeito da violência no Rio Grande do Sul:

Delitos têm queda recorde no Estado

Ao mesmo tempo, se contrapõe com o relato de uma cidadã que mandou um e-mail sobre sua indignação ao denunciar pelo telefone um roubo ocorrido em sua casa (03.02.2007). Esta, foi surpreendida com a seguinte pergunta: “Qual era a cor da camisa do ladrão?”. Como o ladrão encontrava-se sem camisa, logo, a pergunta ficou sem resposta e a situação ficou por isso mesmo.

Portanto, ensinar a Questão Social, é dar condições teóricas para que o futuro assistente social possa ir além do aparente para aprender e compreender qual é a origem da desigualdade social e como ela é consolidada pela falsa informação e pela alienação.

E os representantes do capital têm na própria mídia os seus interlocutores para distorcer fatos e violar direitos ao sonegar o direito a informação correta.

Ensinar a Questão Social como objeto do Serviço Social é dar condições para que o aluno se aproprie do cotidiano e criticamente identifique os caminhos da manipulação midiática oficial, a alienação posta pela mercantilização das relações, o voyeirismo de um Big Brother, a mediocridade consolidada por uma educação bancária, que eficientemente ensina a passar nos vestibulares através de fórmulas muito bem decoradas. Mas não ensina a pensar o cotidiano que massacra a criatividade e que não permite ao sujeito escolhas que não sejam as determinadas pelo mercado.

Esta é a Questão Social, que vai se manifestar no comportamento do sujeito que bebe além da conta, que consome sem limites as quinquilharias que brilham, por um status sem sentido. Que “cheiram” para estar “in”, em busca de uma falsa “felicidade”, ignorando sua decadência física, moral e ética.

Ensinar a Questão Social para os futuros assistentes sociais é dar a exata dimensão da desigualdade social que se constitui pela violação de direitos.

Maria da Graça Maurer Gomes Türck